O órgão que comanda o futebol pode proibir a participação de investidores nos direitos econômicos de jogadores, o que inviabilizaria o fundo. Tal decisão foi tomada em dezembro do ano passado pelo Comitê Executivo da Uefa - os europeus pressionam a Fifa para adotar a medida a partir de maio deste ano, quando a extensão da regra será votada para todo o mundo.
- Esse anúncio da medida que a Fifa adotaria, e que a Uefa já adotou, proibindo expressamente que direitos econômicos tenham a participação de investidores, é um fato novo. Isso surgiu na hora da liberação da CVM e está sendo ponderado pelos advogados do fundo. Eles estão vendo qual a maneira para não confrontar esta legislação, que deve vir mesmo. Só depois de clarear essa questão é que vão começar a captar recursos - diz o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, cuja principal promessa de campanha em sua primeira eleição, em 2009, era a formação do fundo.
O conceito será baseado em cotas para interessados em ter percentuais de atletas exclusivamente do Peixe, algo inédito entre clubes brasileiros. O lucro se daria pelas eventuais vendas. Os gerentes do fundo, que tem o banco Santander como operador, também poderiam aconselhar e receber indicações do Santos sobre eventuais contratações.
Ou seja, quando o clube necessitar de aporte financeiro para acertar com algum atleta, poderá pedir ajuda ao fundo, que aceitará ou não baseado no aspecto financeiro e nas possibilidades futuras de lucro.
Assim que começar a funcionar, o fundo de investimentos passará a ser dono dos ativos da Terceira Estrela (Teisa), empresa formada por empresários santistas que captou R$ 17 milhões desde 2011. Parte desse montante foi investido no clube. Um terço segue no caixa da empresa. Em troca, a Teisa obteve partes de direitos econômicos sobre atletas como Neymar (5% dos direitos), Arouca (20%) e Rafael (15%), entre outros.
Diretamente ligados à constituição do fundo, os gestores da Teisa consultaram a Fifa e souberam do estudo que está sendo realizado para mudar a regra da relação entre investidores e jogadores. Dependendo de como o texto da nova norma for escrito, a estrutura de negócio do fundo será prejudicada.
Fonte: globoesporte.com
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