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terça-feira, 18 de março de 2014

O ser perfeito ( PRIMEIRO ATO) parte 2

- Vamos... vamos desçam dai agora!
 O detetive Norton, um homem negro, de vinte e nove anos com um metro e setenta de altura, magro mais forte; pula de cima de seu carro modelo gol ano noventa e sete vermelho; pegando em seguida os filhos de seu grande amigo policial no colo e depois os colocado cuidadosamente no chão.
- Pronto Fausto... está mais calmo agora!
- É...
 Vendo que seu amigo está meio irritado com a situação, Norton abre os braços e sorrindo fala:
- Acalme-se... eu sei que fui imprudente em colocar as crianças em cima do carro.... mais eles estavam tão empolgados com a queima de fogos.... que subi com os meninos no teto para ver melhor o show...
  Fausto olha serio para os três, mais respira fundo e muda o sembrante agora sorrindo.
- Norton me desculpe... você sabe da minha confiança na sua pessoa... e como as crianças gostam de você.... e como eu sou chato a respeito de segurança....
 Os dois se olham e em seguida se abraçam desejando feliz ano novo, depois fazem o mesmo com as crianças Moisés de onze anos e Walter de oito.
  Fausto agachado olha para seus filhos e fala:
- Crianças vamos aproveitar essa noite de ano novo e comer um monte de coisas gostosas.
 Os garotos começam a pular de alegria enquanto o policial segura um em cada mão, e de mão dadas começam a caminhar pela praça a procura de guloseimas para degustarem, claro; com seu grande amigo Norton os acompanhando.

Primeiro de janeiro de dois mil; quatro e trinta e cinco da manhã, na espaçosa praça central de Alto Alegre, um guarda está despertando os foliões que ali ficaram em decorrência das festividades do reveillon, no local muitos estão caídos por embriagues alcoílica e outros vencidos pelo cansaço e derrotados pelo sono.
Em um grande banco feito de madeira e pintado de azul, um homem está dormindo sentado com duas crianças de junto deitadas, uma de cada lado; no chão próximo a um carro vermelho um outro cidadão está caído, preocupado com aquela cena principalmente por causa dos dois garotos, o guarda corre até o local e lá chegando reconhece Fausto e mexendo em seu ombro tenta acorda-lo dizendo:
- Seu Fausto acorde.... vamos acorde.... vamos acorde....
Assustado o policial desperta perguntando onde ele está com o guarda, que responde:
- Acho que o senhor caiu no sono.... assim como as crianças e o Norton - A autoridade aponta para o chão, e Fausto vê seu amigo deitado.
- Nossa!... guarda Souza.... por favor desperte ele para sabermos se está tudo bem... enquanto isso eu acordo as crianças.
Enquanto o guarda municipal desperta Norton, Fausto acorda as crianças; Moisés assutado pergunta ao pai o que está havendo, enquanto Walter pede para ir para casa.
Seu amigo,  é despertado e muito assustado alem do corpo todo dolorito em decorrência de dormir ao chão pergunta as horas a Souza enquanto se levanta com dificuldade:
- São quatro e trinta e oito da manhã.
- Nossa!... - grita Norton já de pé e retirando as chave do carro do bolso -.... vamos embora logo Fausto.. minha mãe deve esta muito preocupada!
- Com certeza!
O policial se levanta do banco e conduz seus filhos até o veiculo, depois os coloca na parte de trás do carro  prendendo eles com o cinto, e seguida agradece ao guarda Souza enquanto entra no automóvel.
 Já ao lado de seu amigo ele percebe a dificuldade do mesmo em ligar o motor com a chave, preocupado pergunta:
- Você esta em condições de conduzir o carro?
- Sim... sim... não se preocupe... pode confiar.
Mesmo vendo seu melhor amigo naquela agonia, Fausto olha para sua crianças no banco traseiro e respira fundo colocando sua mão no obro de Norton dizendo:
- Eu confio!
Sorrindo ele responde:
- Eu sei... agora vamos.
O carro então funciona e Norton já mais calma diz ao policial que irá deixa-lo primeiro em casa; em decorrência das crianças e só depois ira prosseguir até sua residencia.

O quarteto chega na residencia do policial, ele desce do carro retira as crianças e agradece ao amigo que em seguida prossegue viagem.
Sem esperar, Walter sai correndo na direção da porta e lá chegando começa a chuta-la, Fausto corre atrás dele acompanhado por Moisés, já de junto ele puxa o pequeno que começa a chorar, nervoso o pai pede para ele se aquetar enquanto aperta a campainha diversas vezes.
Após uma longa espera, finalmente sua esposa Solange abre a porta se assustando:
- Fausto!... o que está havendo?... o que você faz uma hora dessa ai fora?
- Bem amor... é que eu acabei dormindo na praça com as crianças e o Norton!
- O que! - grita nervosa Solange colocando a mão esquerda na testa - então foi por isso que eu lhe esperei até altas horas e você não chegava!
- Mais...- gagueja Fausto.
- Mais nada.... entre... que temos de conversar!
Após darem banho nos meninos e alimenta- los com um copo de achocolatado, seus pais os colocam para dormir, e seguida se sentam a mesa e proseiam sobre o acontecimento da praça.
- Pois é Fausto.... você um homem tão "certinho" cometer um deslise desses!
- Me desculpe.... mesmo.... amor....é que as crianças estavam se divertindo tanto que ao sentar em um banco para descansar pegamos no sono.... acrecida que o Norton dormiu até no chão!
Respirando fundo Solange coloca café em uma xícara e a entrega para o o marido, em seguida diz:
- Se eu não tivesse pegado no sono pelo fato de ficar muito tempo acordada olhando a pequena que custou em dormir... eu iria atras de vocês três para pega-los todos pelas orelhas...
- Eu sei... -responde o policial com um sorriso acanhado-... e a Waleska.... como está?
- Dormindo... pegou no sono a pouco tempo!
- Por isso que ela não despertou com os chutes na porta.
- E a suas tocatas na campainha.... né!
- Desculpe.
Rindo Solange olha para Fausto dizendo:
- Ousa... vou tirar um sono... pois marquei com a dona Francisca um encontro as treze horas em sua casa, para ele ver melhor nossa pequena.
- Acho que vou deitar um pouquinho também.
Com o dedo indicador balançando para os lados, a esposa de Fausto diz não, sem entender ele a questiona:
- Mais por que não?
- Vai que a Waleska acorde!
Solange da um tchauzinho para o marido e se conduz ao quarto, enquanto ele se senta todo esparramando na cadeira dizendo "Ai... ninguém merece!".

Norton já próximo a sua residencia percebe uma grande movimentação de vizinhos em torno, sem entender ele para seu carro e corre na direção da casa, lá encontra seu vizinho Gelton que aparenta muito nervosismo deixado Norton assustado, ele então pergunta o que está havendo, e seu vizinho coçando a cabeça próximo a nuca responde:
- É... como posso falar... sua mãe não está nada bem!
- O que! - gritar Norton fortemente tentando se conduzir para dentro da casa, mais Gelton o segura dizendo:
- Acho melhor você não entrar!
Norton empurra seu vizinho que chega a cair sentado no chão, depois ele corre na direção do quarto de sua mãe, mais no caminho vê as duas filhas de Gelton na cozinha agachadas de junto de Dona Francisca caída de costas. Já suando frio e tremendo ele pergunta as garotas:
- Meninas... meninas... pelo amor de Deus... o que houve com a minha mãe?
A mais jovem de dezesseis anos vira o rosto na direção de Norton toda melada de lagrimas, enquanto a mais velha se levanta e com um semblante de penúria  diz colocando sua mão direita no ombro dele:
- Norton.... infelizmente... não sei como.... sua mãe faleceu.
Ele cai de joelhos ao chão com a noticia, e com a não sobre o corpo da mãe chora feito criança, e olhando para as meninas, com a mais velha colocando suas mãos em suas costas pergunta:
- Mais como?
Gelton entra repentinamente na cozinha e se ajoelha de junto a Norton, e com a mão em seu ombro ele responde:
- Acho que foi um ataque do coração.... tudo começou por volta de três horas da madrugada enquanto comemorávamos o reveillon... foi quando minhas filhas e eu ouvimos um barulho vindo de sua casa.... pensamos que tinha sido você consertando algo... mais depois lembramos sua pessoa tinha indo ver a queima de fogos na praça com  Dona Francisca.... então minha filha mais nova disse ter visto sua mãe entrado na casa por volta de duas e quarenta da madrugada.... preocupados nós três fomos até a residencia e lá chamamos muito por ela, mais nada de resposta.... ai eu resolvi arrombar a porta e ao entrar a encontramos do jeito que está agora.
Em choque Norton se levanta assim como os demais e agrade-se pelos feitos deles, em seguida volta a chorar e Gelton junto com as filhas o consolam.





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